Os investigadores da Escola de Medicina da Universidade Johns Hopkins testaram o medicamento 5 – azacitidina, já aprovado nos Estados Unidos para tratar uma condição de pré-leucemia chamada síndrome mielodisplásica, para atingir uma mutação no gene IDH1, previamente identificado em gliomas (tipo de tumor cerebral).
A mutação do gene IDH1 foi descoberta por uma equipa de pesquisadores da Universidade Johns Hopkins em 2008 e está presente em cerca de 70% a 80% das formas progressivas de cancro no cérebro.
O fármaco atua diretamente sobre os grupos metila, revertendo o processo de desenvolvimento do cancro em células com mutações no gene IDH.
As células do tumor foram obtidas a partir de pacientes com gliomas que eram propensos a ter mutações no gene IDH1 e, em seguida, foram injetadas sob a pele dos ratos. Após alguns meses, essas células geraram tumores.
O fármaco foi administrado nos ratinhos ao longo de um período de 14 semanas, tendo sido observada uma rápida redução do tumor e uma possível recaída. Depois de interrompida a terapia, os tumores não voltaram a surgir após 7 semanas, mas os animais continuam a ser acompanhados de perto.
Os pesquisadores pretendem agora projetar rapidamente um ensaio clínico, para testar o processo em seres humanos que sofrem com gliomas.
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