Paula sabia que algo não estava certo.
O seu filho, Maxwell, de apenas 3 meses, estava diferente há uns dias, mas nem os médicos nem os exames conseguiam perceber o que se passava.
Contudo, no dia 26 de dezembro de 2017, a criança começou a ter dificuldades em respirar.
Desesperados, os pais levaram o menino ao hospital, mas quando lá chegaram, o coração de Maxwell deixou de bater.
“Ele foi o bebé mais jubiloso que conheci. Era esperto, animado, curioso. Parecia que ele sabia que o seu tempo nesta terra ia ser curto”, relembra Paula.
A dor e a devastação atingiram Paula, o seu marido, Todd, e o seu filho mais velho, Jackson, de uma forma indescritível.
A autópsia revelou que Maxwell tinha um neuroblastoma, um tipo de cancro infantil que passou despercebido aos médicos que acompanharam o bebé.
Não havia mais nada a fazer por aquela criança, mas Paula soube, naquele dia, que a sua experiência poderia proporcionar conforto a outras pessoas que sofressem uma perda semelhante e inesperada.
Naquele que seria o dia do primeiro aniversário de Maxwell, o hospital onde a criança acabou por falecer introduziu um programa de luto para famílias.
“Se pudermos ajudar outras famílias a não sentirem a dor que sentimos, vamos fazê-lo”, diz Paula.
Paula teve a ideia de fornecer colares de cerâmica, feitos por ela mesma, em forma de um coração minúsculo – que representa a criança – que cabem dentro de um coração maior – o da família – juntamente com uma caixa de memória para as famílias dos pequenos pacientes.
Dessa forma, as famílias podem preservar as memorias que aquelas crianças lhes deixaram.
A família de Maxwell também fez questão de, no seu projeto, incluir conselheiros que estarão disponíveis 24 horas para as famílias.
“No que depender do nosso programa, nenhuma família vai sentir que está sozinha neste difícil processo. Quer sejam surpreendidos pelo cancro, como nós, quer estejam já conscientes das dificuldades que têm de enfrentar”.
Fonte: Space Coast Daily