Um estudo realizado pelas Universidades de Rice e Duke, nos Estados Unidos, identificou um grupo de genes que podem influenciar a agressividade das células do sarcoma, um tipo de tumor que tem origem no músculo, tecido fibroso, cartilagem, osso e gordura e ocorre habitualmente em crianças e adolescentes com idade inferior a 15 anos.
A pesquisa descobriu os genes que regulam a forma como as células fazem a transição do epitélio para o mesenquinal, ou viceversa. Esta característica dos processos de desenvolvimento pode ser alterada por células que se tornam cancerígenas e metastáticas.
Os investigadores concluíram que várias linhas celulares de sarcoma apresentam a expressão combinada da família micro RNA200 e que a regulação positiva de um gene ativador epitelial, o GRHL2, levou à regulação negativa da proteína ZEB1, levando as células a adotar um comportamento mais “epitelial” e menos agressivo.
Nos processos de transição da célula ocorrem fenómenos de plasticidade fenotípica, ou seja, a capacidade de uma célula mudar a resposta a mudanças no seu ambiente.
A pesquisa revela que, em alguns casos, os sarcomas que se desenvolvem em tecidos moles ou em ossos parecem adquirir uma parcela maior dos traços de células epiteliais estacionárias. Aparentemente, os pacientes cujos sarcomas possuem mais características epiteliais apresentam maior sobrevivência.
O estudo publicado na revista Molecular and Cellular Biology pretende agora perceber melhor o mecanismo pelo qual os genes que codificam as proteínas são disponibilizados nas estruturas de cromatina do ADN, a fim de encontrar novas abordagens terapêuticas para combater cancros metastáticos.
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