A escassez de medicamentos para tratar alguns tipos de cancro pediátrico obriga os médicos a terem de adotar tratamentos com fármacos substitutos que se revelam menos eficazes, situação que, segundo um grupo de especialistas norte-americanos, tem sido associada a uma maior taxa de recaída entre crianças, adolescentes e jovens adultos com linfoma de Hodgkin.
Num artigo publicado no New England Journal of Medicine, médicos do Hospital de Pesquisa Pediátrica St. Jude, juntamente com colegas do Instituto Oncológico Dana-Farber e do Hospital Infantil Lucile Packard, nos Estados Unidos, destacam como a escassez de medicamentos e a necessidade de recorrer a outros menos eficazes tem sido associada a um maior taxa de recaída entre crianças, adolescentes e jovens adultos com este tipo de tumor.
As conclusões surgem baseadas nos resultados de um estudo que avaliou 40 pacientes que receberam a terapia padrão e outros que receberam um medicamento semelhante, naquele que se assume como o primeiro relatório randomizado para comparar as diferenças entre os resultados de dois medicamentos indicados para o mesmo tipo de cancro pediátrico.
As conclusões indicam que a pesquisa apenas confirma o que os médicos suspeitavam há anos, de que a troca de um composto por um outro, mesmo quando os dois são semelhantes, nem sempre é a opção mais indicada.
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