Exercício físico é aliado durante tratamento de jovens com linfoma

O linfoma é um tipo de cancro sanguíneo que afeta o sistema linfático, uma rede de pequenos vasos e gânglios linfáticos, que é parte tanto do sistema circulatório, como do sistema imunitário. Esta doença afeta os linfócitos, um tipo de glóbulo branco essencial para a defesa do organismo.

Os tratamentos para combater a doença podem provocar stress e cansaço, mas a prática de exercício físico, com o devido acompanhamento clínico, é um aliado na superação da patologia.

Vários estudos já realizados comprovaram que a prática de atividades físicas é uma excelente forma de os pacientes se sentirem mais ativos e lidarem melhor com o impacto físico e emocional que a doença provoca.

Segundo o especialista brasileiro em educação física Waldyr Maciel, além de aumentar a força muscular e óssea, a prática regular de exercícios também melhora a função cardíaca, reduz a ansiedade e a fadiga e, como consequência, também aumenta a autoestima.

É importante iniciar com uma rotina leve de exercícios e ir aumentando gradualmente a intensidade à medida que o paciente vai percebendo melhor as suas capacidades e limitações, explica o especialista.

“Já aquelas pessoas que se exercitavam com frequência antes da ocorrência da patologia, talvez seja preciso diminuir um pouco o nível de condicionamento físico durante algumas fases mais exigentes do tratamento do linfoma”, sublinha.

Contudo, apesar de ser saudável permanecer o mais ativo possível durante o tratamento, se o paciente se sentir muito cansado ou fraco, até mesmo por causa das sessões de quimioterapia, é importante que não se esforce mais do que consegue. E o acompanhamento da equipa médica também é essencial.

Os tratamentos contra a doença são “fisicamente exigentes, por isso existe algumas alternativas para que se possa manter ativo de forma moderada, como realizar uma breve caminhada, subir e descer escadas, organizar a casa ou praticar uma atividade que melhore o bem-estar, como a jardinagem ou aeróbica”, acrescenta.

Na maioria dos casos, adolescentes com linfoma podem praticar as mesmas atividades físicas que as pessoas sem diagnóstico da doença. No entanto, saber “ouvir” o próprio corpo e seguir as indicações do médico é fundamental, isto porque pessoas com linfoma podem apresentar fraqueza muscular, dormência nas mãos e pés devido à neuropatia periférica, risco de sangramento ou hematomas e falta de ar devido aos efeitos residuais da quimioterapia. Por isso, o acompanhamento clínico é importante para a prática de atividade física com segurança.

“Contar com o apoio de um especialista em educação física nesse caso é fundamental. Também é indicado optar por exercícios em que seja menos provável haver lesões, como uma bicicleta ergométrica estável ou uma passadeira. Desportos de baixo impacto, como natação ou caminhada, geralmente são melhores escolhas do que desportos de contato”, explica ainda Waldyr Maciel.

Fonte: Harpers Bazaar

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