Funcionários do Hospital Pediátrico de Cleveland, nos Estados Unidos, garantem que a disponibilidade de citarabina tem sido imprevisível desde o ano passado devido a problemas de produção.
Jeffrey Hord, director de hematologia-oncologia no Hospital Infantil de Akron sublinha, por sua vez, que o problema deve-se ao desinteresse das farmacêuticas que, muitas vezes, optam por não produzir medicamentos que tratam um segmento menor da população, porque há menos lucro. No caso específico destes fármacos, há menos casos de cancro infantil em relação a doenças próprias dos adultos.
A escassez destes medicamentos indispensáveis pode colocar em causa a viabilidade dos tratamentos em alguns casos. A demora no atendimento também pode interferir na recuperação de um doente.
O fármaco começou a faltar nos Estados Unidos em Outono de 2010 devido a atrasos na sua produção e a situação agravou-se ainda em Fevereiro, garante a agência norte-americana que regula o medicamento (FDA).
Actualmente, a comercialização de citarabina no país está a cargo de três laboratórios, mas a FDA já contactou outros fabricantes para tentar repor o medicamento e aguarda agora o processo de avaliação.
A citarabina é utilizada principalmente no tratamento de crianças com leucemia mielóide aguda e leucemia linfoblástica aguda ou ALL e não existe um medicamento alternativo.
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