A política de aprovação de medicamentos oncológicos norte-americana tende a ser mais rápida do que a avaliação e aceitação desses mesmos fármacos pelos reguladores europeus. Este tipo de medicamento pode mesmo ser disponibilizado aos doentes nos Estados Unidos vários meses antes de estar acessível na Europa, segundo dados da organização sem fins lucrativos Friends of Cancer Research, um grupo de pesquisa do cancro.
O estudo recente da Friends of Cancer Research conclui que a aprovação de medicamentos utilizados em terapêuticas contra o cancro é feita de forma mais célere pelos reguladores norte-americanos, que adoptam um prazo significativamente mais curto na avaliação e aprovação destes fármacos, o qual chega a demorar, em alguns casos, metade do tempo necessário na Europa.
Em média, a FDA demora cerca de seis meses (180 dias) a deliberar sobre os benefícios e segurança que permitem a comercialização de um fármaco, número bem inferior aos 350 dias observados na Europa. A rapidez de decisão nestes casos é fundamental visto que, em muitos casos, devido à escassez de opções de tratamento na área oncológica, “o acesso a novos medicamentos cinco meses mais cedo é uma diferença muito importante e que pode salvar vidas”, explica uma especialista da Friends of Cancer Reearch.
As conclusões surgem depois de uma pesquisa aprofundada sobre um grupo de 23 medicamentos contra o cancro aprovados nos últimos sete anos nos Estados Unidos e na Europa, em que qualquer um deles foi aprovado em primeiro lugar para comercialização no mercado norte-americano.
A celeridade na aprovação de medicamentos nos Estados Unidos é ainda explicada pelo facto dos laboratórios apresentarem os seus fármacos em primeiro lugar à FDA, submetendo posteriormente esse mesmo pedido para a Europa.
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