Investigadores continuam empenhados em descobrir a origem de um “surto” de leucemia que atingiu um grupo de crianças, de diferentes idades, entre 1997 e 2003, na cidade norte-americana de Fallon, no Estado do Arizona.
Os especialistas do Instituto de Pesquisa Odyssey, em Tucson, no Arizona, testaram em laboratório ratos expostos ao composto tungsténio, um metal que existe em abundância em Fallon, e posteriormente exposeram os animais a um vírus.
O estudo publicado na revista científica Cheimico-Biological Interactions concluiu que uma semana depois do sistema imunológico dos animais ter sido exposto ao tungsténio e ao vírus, os animais começaram a apresentar sintomas semelhantes aos da leucemia.
O investigador principal do estudo salienta que as conclusões apuradas não comprovam que o tungsténio esteve na origem dos casos de leucemia que afectou várias crianças naquela região, no entanto destaca a necessidade de mais investigações.
Um outro estudo que decorreu em simultâneo levanta a hipótese de militares da Base Naval de Fallon terem servido de hospedeiros de um vírus que se espalhou no local e terá sido transmitido às populações limítrofes através de mosquitos, facto que é consistente com “um pico mundial de leucemia” que se abateu sobre militares, no mesmo período em análise, de 1997 a 2003.
Os autores do estudo recordam que os casos de leucemia identificados na região de Fallon conseguem ser definidos num mapa como “um anel ao redor da cidade”. As crianças diagnosticadas com leucemia eram oriundas de áreas agrícolas localizadas fora do centro da cidade, onde também é notória uma maior concentração de populações de mosquitos.
Apesar de inconclusivos, os cientistas acreditam que os dois estudos representam “um progresso notável” e esperam que através de novas pesquisas possam, no espaço de dez a 15 anos, obter respostas que ajudem a desmistificar estes casos.
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