Um grupo de oncologistas pediátricos brasileiros apresentou, pela primeira vez, dados clínicos de uma pesquisa que revelou benefícios inéditos para crianças que sofrem com um tumor raro no cérebro, o glioma do tronco cerebral, um tipo de cancro que afeta o sistema nervoso central e para o qual ainda não há cura.
O estudo foi realizado na população brasileira e avaliou se o medicamento nimotuzumabe, associado à terapia padrão (radioterapia), traria benefícios comprovados em crianças recém diagnosticadas com a doença.
As conclusões da equipa liderada por Sidnei Epelman, diretor do Departamento de Oncologia Pediátrica do Hospital Santa Marcelina e presidente da Associação para Crianças e Adolescentes com Cancro (TUCCA), comprovam que o tratamento foi bem tolerado, sem efeitos secundários graves, o que permite antever que na impossibilidade de cura, o tratamento pode proporcionar qualidade de vida aos doentes.
Os resultados clínicos foram apresentados no último Congresso da Associação Americana de Oncologia Clínica (ASCO), o mais importante evento mundial de oncologia, que se realizou nos Estados Unidos.
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