Uma equipa da Universidade de Emory, nos Estados Unidos, usou, com sucesso, a hormona progesterona como parte de uma terapêutica para combater um tumor agressivo no cérebro, designado por glioblastoma.
Testes em ratinhos que sofriam da doença mostraram aos especialistas que elevadas concentrações de progesterona podem matar as células deste tipo de tumor e inibir o seu crescimento.
Num artigo publicado no Journal of Steroid Biochemistry and Molecular Biology, o líder do estudo, Fahim Atif, explica que, ao longo da pesquisa, a sua equipa concluiu que a baixa dosagem de progesterona estimulava o crescimento de células do glioblastoma mas, em doses mais elevadas, a hormona revelou elevada capacidade para eliminar as células do tumor.
O uso desta abordagem, que já foi testada com sucesso noutros tipos de tumores, nomeadamente para travar o crescimento de células de neuroblastoma (um dos tipos de cancro mais comuns em crianças), tem ainda a vantagem de não ser tóxica para as células saudáveis.
Perante estes resultados preliminares, os pesquisadores defendem agora a necessidade de mais testes com enxertos de células tumorais humanas em cérebros de animais, e destacam que estas descobertas podem abrir caminho para o desenvolvimento de terapias contra o glioblastoma que resultem de uma combinação entre a progesterona e agentes terapêuticos padrão, como a temozolomida.
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