Estudo nos EUA abre caminho a quimioterapia personalizada para crianças com leucemia

Uma equipa internacional de pesquisadores determinou o modo como as variações genéticas hereditárias podem promover uma toxicidade elevada dos fármacos e ameaçar as probabilidades de cura em crianças com leucemia. 
As conclusões surgem de um estudo liderado pelo Hospital de Pesquisa Infantil St. Jude, nos Estados Unidos, cujos resultados definem um novo cenário para adequar a quimioterapia dependendo da composição genética de cada paciente.
A pesquisa publicada na revista Nature Genetics focou-se na toxicidade relacionada com o tratamento associado a uma classe de medicamentos designados por tiopurinas, que são amplamente utilizados como anticancerígenos e imunossupressores, e são indispensáveis para a cura da leucemia aguda linfoblástica (LLA), o tumor mais comum na infância.
O estudo incluiu 270 crianças que faziam parte de ensaios clínicos na Unidade de Oncologia Pediátrica na Guatemala, Universidade Nacional de Singapura e no Grupo de Estudo Japonês sobre Leucemia/Linfoma pediátrico. 
Os cientistas descobriram quatro variações herdadas no gene NUDT15 que alteram o metabolismo da tiopurina e tornam os pacientes particularmente sensíveis à toxicidade dos medicamentos, o que pode levar à interrupção do tratamento. 
Os investigadores demonstraram que a enzima NUDT15 ajuda a equilibrar a atividade da tiopurina, reduzindo o metabolito do fármaco que provoca a morte celular. Este mecanismo de verificação-equilíbrio contribui para prevenir a morte excessiva de células brancas do sangue que colocam os pacientes em elevado risco de infeções e outras complicações sérias. 
Os pesquisadores advertem para a necessidade de novos estudos para descobrir as doses exatas de tiopurina necessárias para pacientes com diferentes variantes NUDT15.
Este artigo foi úlil para si?
SimNão

Deixe um comentário

Newsletter