Estudo avança na compreensão de tumor de Wilms

Uma equipa de cientistas norte-americanos tem feito novas pesquisas para compreender melhor as diferenças entre o desenvolvimento normal dos rins e o que leva à formação de um tipo de cancro renal pediátrico, o tumor de Wilms, que está associado a mutações no gene Six1.
Os cientistas da Universidade do Sul da Califórnia admitem ter descoberto uma diferença fundamental entre as células de rim de ratinhos e humanas e as diferenças residem no gene Six1, que existe em maior abundância nos seres humanos.
O gene Six1 não tem um papel preponderante no desenvolvimento do rim dos ratos, mas assume particular relevo no desenvolvimento do rim humano. Em comparação com um rato, um ser humano tem cerca de 100 vezes mais nefrónios, as unidades funcionais dos rins, o que se deve à maior prevalência daquele gene.
As descobertas publicadas na revista Development indicam que, nos ratinhos em desenvolvimento, são gerados cerca de 13 000 nefrónios ao longo de duas semanas e o Six1 cessa a sua atividade no momento em que o rim termina o seu crescimento. Por outro lado, no feto humano formam-se cerca de um milhão de nefrónios ao longo de 30 semanas, período durante o qual o Six1 mantém a sua atividade.
Lori O'Brien, uma das investigadoras, explica que o próximo passo do seu estudo passará por determinar exatamente qual o papel deste gene, por exemplo, na formação do tumor de Wilms.
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