Estudo aponta para possível alvo de tratamento contra forma agressiva de hepatoblastoma

Uma proteína presente no núcleo de células direcionadas terapeuticamente para vários tipos de cancro foi agora associada a uma forma agressiva de cancro do fígado pediátrico chamada hepatoblastoma. 
O estudo foi publicado na Nature Journal Communications Biology.
Cientistas do Hospital Pediátrico do Cincinnati, nos Estados Unidos, realizaram testes biológicos e genéticos em amostras de tumores de hepatoblastoma doados e encontraram níveis altamente elevados da proteína PARP1 em pacientes com esse tipo de cancro. 
O PARP1 modifica a estrutura da cromatina no núcleo da célula para conduzir a forma resistente a quimioterapia do cancro do fígado, de acordo com os investigadores. 
Um fármaco aprovado pelo regulador de saúde norte-americano (FDA), intitulado Olaparib, que bloqueia a PARP1, já está a ser usado para tratar outros tipos de cancro. 
Nos testes realizados em células tumorais do fígado humano, os investigadores descobriram que a PARP1 se liga a regiões de ADN dentro de muitos genes relacionados ao cancro e ativa a sua expressão para conduzir a doença. 
Quando os cientistas bloquearam farmacologicamente a PARP1 nas células tumorais, verificaram que isso retardou ou interrompeu a progressão do cancro. 
“As nossas descobertas fornecem uma forte razão para testar os inibidores da PARP1 no tratamento de cancro do fígado pediátrico agressivo, mas pesquisas adicionais são necessárias antes que o possamos verificar e recomendar que seja testado em pacientes. Esse processo inclui testar inibidores em modelos de rato de laboratório com hepatoblastoma para ver se eles funcionam num organismo vivo”, explicaram os investigadores, que alertaram que, muitas vezes, as descobertas feitas em laboratório não são eficazes no tratamento clínico dos pacientes.
O hepatoblastoma é o tipo mais comum de cancro do fígado em crianças, afetando os pacientes durante os primeiros três anos de vida. Embora as taxas de sobrevida global para esses pacientes tenham melhorado ao longo dos anos, um número substancial de crianças vê o seu cancro a espalhar-se ou tem de enfrentar tumores 
agressivos resistentes à terapia que não podem ser removidos cirurgicamente.

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