Estudo analisa imagem corporal em adolescentes sobreviventes de cancro infantil

O diagnóstico de cancro e o seu tratamento podem prejudicar a imagem corporal a longo prazo de sobreviventes de cancro infantil.

Isto pode ser particularmente relevante na adolescência, um período crítico do desenvolvimento psicossocial, de acordo com um grupo de cientistas do Swiss Childhood Cancer Survivor Study.

A investigação comparou a imagem corporal entre adolescentes sobreviventes de cancro e os seus irmãos saudáveis e determinou se a imagem corporal dos sobreviventes estava associada a características sociodemográficas, características clínicas e condições de saúde.

Para obterem os dados, os investigadores enviaram questionários a adolescentes, com idades entre os 16 e os 19 anos, que sobreviveram mais de 5 anos após terem sido diagnosticados com cancro infantil, entre 1976 e 2010.

Os irmãos saudáveis receberam o mesmo questionário.

“Avaliámos o nível de concordância com três afirmações de imagem corporal referentes à satisfação corporal e preferências por mudanças. As condições crónicas de saúde foram classificadas em cardiovascular, pulmonar, endócrina, musculoesquelética, renal/digestiva, neurológica e deficiência auditiva ou visual”, explicaram os cientistas.

Foi também usado um modelo de regressão logística ordenado para identificar determinantes de uma imagem corporal mais negativa.

A investigação incluiu 504 sobreviventes (48% do sexo feminino) e 136 irmãos.

Os sobreviventes e os irmãos relataram níveis gerais comparáveis ​​das três declarações de imagem corporal; sobreviventes do sexo feminino, sobreviventes tratados com transplante de células estaminais e sobreviventes com duas ou mais condições crónicas de saúde, relataram uma imagem corporal mais negativa.

Este pormenor foi particularmente pronunciado em sobreviventes que sofrem de condições musculoesqueléticas ou endócrinas.

Assim, a investigação concluiu que os médicos devem abordar as preocupações com a imagem corporal em sobreviventes com condições crónicas e oferecer apoio psicossocial, se necessário.

Fonte: Newswise

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