Estatuto social condiciona acesso de doentes com cancro a ensaios clínicos

Uma pesquisa publicada no Journal of Clinical Oncology sugere uma desigualdade no acesso aos tratamentos oncológicos, dependendo do estatuto social dos doentes.
O estudo britânico sugere que entre os doentes que sofrem com cancro num estadio mais avançado, os que auferem menos posses económicas e que terão mais dificldade em se deslocar aos cuidados de sáude primários veem-se, muitas vezes, privados dos melhores tratamentos oncológicos.
Para os cientistas, a causa deste entrave surge pelo facto de estes doentes não terem possibilidade de aceder aos cuidados de saúde, o que condiciona o seu encaminhamento para ensaios clínicos de medicamentos experimentais, além da maior propensão das classes mais pobres a doenças crónicas, um entrave aos requisitos para integrar um ensaio clínico.
Por outro lado, ressalvam, os ensaios clínicos destinam-se a ajudar os reguladores a decidir se os fármacos devem ser aprovados para uma população mais ampla, pelo que exigem que os pacientes que os integrem sejam representativos das pessoas a quem se destinam.
As conclusões surgem de um estudo com 430 pessoas com cancro que integraram ensaios de fármacos experimentais no Hospital de Guy, em Londres, entre 2007 e início de 2012. Os doentes com menos posses eram 47% menos propensos a integrarem ensaios clínicos numa primeira fase, no entanto a probabilidade tornou-se similar depois de encaminhados pelos serviços de saúde, independentemente da sua classe social ou idade.
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