Recentemente, o Hospital Infantil de Cincinnati, nos Estados Unidos, recebeu um enorme incentivo para melhorar o tratamento do cancro infantil: uma bolsa para cientistas que “pode vir a mudar o futuro de crianças com diagnóstico de leucemia ou cancro no sangue”.
A investigação será financiada pela organização CancerFree Kids e está a ser considerada pioneira na forma como irá abordar o tratamento do cancro pediátrico.
“É muito importante haver quem ajude estas crianças a crescer e a ficar saudáveis, tal como aconteceu comigo”, disse Becca Kniskern, uma sobrevivente de leucemia, hoje com 15 anos de idade.
“A Becca foi diagnosticada duas vezes com leucemia. Felizmente, tivemos a sorte de encontrar um dador de medula óssea atempadamente”, refere Trisha Kniskern, a mãe da jovem.
“As recidivas não são algo incomum”, de acordo com o Andrew Volk, cuja equipa de cientistas que lidera no Hospital Infantil de Cincinnati recebeu a bolsa de 50 mil dólares (cerca de 52 mil euros) doada pela CancerFree Kids.
“Agora, vamos tentar descobrir o que torna as recidivas tão recorrentes em idades pediátricas”.
“Na CancerFree Kids, sentimos que temos de apoiar e de financiar investigações que façam a diferença, que lancem novos tratamentos. Foi isso que sentimos quando tivemos conhecimento desta investigação”, explicou Jill Brinck, diretora executiva da CancerFree Kids.
A equipa de Andrew Volk irá utilizar esta bolsa para tentar descobrir um novo tratamento contra o cancro infantil.
“Há 40 anos que usamos os mesmos medicamentos para tratar a leucemia. Alguns até podem funcionar, e ser eficazes, mas todos eles são extremamente tóxicos e perigosos”, disse o investigador.
A equipa espera ser capaz de “mudar a parte perigosa do tratamento e criar terapias que sejam mais gentis, mantendo (ou aumentando) a eficácia”.
“Se tudo correr como esperamos, acredito que conseguiremos diminuir os efeitos secundários. As crianças conseguirão tolerar o efeito dos medicamentos com mais facilidade. E assim também estaremos a evitar um risco de recidiva”.
“Estamos aqui para mudar a vida destas crianças”.
Fonte: Local 12