Nos Estados Unidos, pacientes com cancro infantil, familiares e médicos foram surpreendidos com a notícia de que a Teva Pharmaceuticals está a planear relançar a produção de um medicamento crucial para o tratamento do cancro infantil.
A empresa anunciou na passada quarta-feira, dia 13 de novembro, que irá reintroduzir o fármaco Vincristine na sua linha de produção; a Teva planeia disponibilizar o fármaco “em 2020, o mais cedo possível”.
“Como o Vincristine é um medicamento que salva vidas – e não existe uma previsão de fornecimento a curto prazo – decidimos reintroduzir o produto e planeamos fabricá-lo na nossa fábrica nos Estados Unidos, para que o possamos disponibilizar o mais rápido possível no mercado”, lê-se num comunicado.
A Teva deixou de produzir o Vincristine em julho; essa decisão deixou a farmacêutica Pfizer como a única fabricante do medicamento, o que despoletou problemas ao nível da oferta do fármaco, de acordo com o regulador de saúde norte-americano (FDA), que alertou para a escassez do medicamento em várias partes do país.
Devido à falta do fármaco, alguns hospitais alteraram os planos de tratamento de pacientes pediátricos, reservando o Vincristine para pacientes de alto risco, e alterando os protocolos de outros pacientes.
No final de outubro, a Pfizer anunciou que iria aumentar a produção do fármaco.
“Quando decidimos interromper a produção deste medicamento, nunca pensámos que se iria colocar um problema de escassez, como está a acontecer. A nossa empresa fornecia apenas 3% do mercado, sendo que Pfizer fornecia os restantes 97%… nada faria prever que houvesse crianças prejudicadas por esta nossa decisão”, disse a Teva Pharmaceuticals.
Fonte: WIBW