A redução de 10 a 15 % no preço dos medicamentos vendidos pelos laboratórios farmacêuticos aos hospitais do Serviço Nacional de Saúde (SNS) para tratamentos de cancro, SIDA e doenças imunológicas é uma das metas do Ministério da Saúde, segundo avança o Diário de Notícias.
A tutela entregou recentemente às farmacêuticas uma proposta de redução de custos nos preços dos medicamentos contra o cancro e SIDA e a medida está agora a ser avaliada. Se os laboratórios aceitarem a proposta da tutela, tal traduzir-se-á numa redução de 100 milhões de euros nos custos do Estado na área da saúde para este ano.
O Diário de Notícias teve acesso ao projeto de despacho entregue pelo Ministério da Saúde aos laboratórios há duas semanas, que está atualmente em negociação, e refere que a intenção do Governo, prevista no acordo assinado com a “troika” (FMI/CE/BCE), passa por forçar as farmacêuticas a reduzirem entre 10 a 15% o preço dos fármacos nos tratamentos da SIDA, cancro e doenças imunológicas, áreas que representam os custos mais elevados para as farmácias hospitalares.
Fontes hospitalares e da Indústria Farmacêutica revelaram ao DN que “a falta de acordo” entre as partes poderá originar uma rutura no fornecimento de medicamentos, o que pode travar o tratamento dos doentes.
A indústria farmacêutica admite, no entanto, que “se esta proposta for para a frente, vamos regredir 30 anos na qualidade do tratamento”, lembrando que, atualmente, os laboratórios já fazem descontos às entidades hospitalares, apesar das dívidas contraídas pelos hospitais do SNS.
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