Especialistas debatem ensaios clínicos na área da oncologia pediátrica

A Fundação Rui Osório de Castro, IPSS que atua na área da oncologia pediátrica, promove esta sexta-feira, 24 de maio, no Porto, uma reunião de trabalho para abordar a temática dos ensaios clínicos em Portugal dentro daquela área. 
A reunião, que conta com a presença de cerca de 30 médicos e entidades envolvidas no processo dos ensaios clínicos em pediatria oncológica, bem como com o apoio da SHOP – Sociedade de Hematologia e Oncologia Pediátrica e Accor Portugal (Hotel Ibis Porto São João), pretende promover a facilitação do processo inerente aos ensaios para que mais crianças portuguesas doentes possam usufruir do avanço da medicina. 
O dia 24 de maio fica assim marcado pelo arranque destas discussões, que têm por objetivo a elaboração de algumas recomendações que possam vir a agilizar todos os procedimentos relacionados com este assunto.  
Durante a tarde desta sexta-feira, vão ser discutidos temas diversos como o papel do investigador; os seguros exigidos e suas particularidades; o papel das várias entidades intervenientes no processo (Comissão de Ética para a Investigação Clínica, Comissão Nacional de Protecção de Dados e INFARMED), bem com o tema da ética e suas limitações. 
Os ensaios clínicos são fundamentais na prática clínica da oncologia pediátrica. Segundo Ana Forjaz de Lacerda, pediatra oncológica no IPO de Lisboa e membro do Conselho de Curadores da Fundação, estes estudos “não são desenhados para testar novos medicamentos, mas sim utilizando medicamentos já conhecidos em estratégias novas e muitas vezes a par com novas terapêuticas imunológicas. Noutras situações, comparam-se dois tratamentos standards conhecidos para tentar perceber qual o modelo que funciona melhor.” 
Em Portugal, são praticamente inexistentes os ensaios clínicos em pediatria. “Não existe ainda uma instituição a nível nacional que represente o país junto dos grandes grupos europeus e não há uma organização de investigação que ajude os médicos em particular a suportar esse tipo de investimento”. 
A Fundação Rui Osório de Castro está, por isso, a juntar esforços para que este tema faça parte da ordem do dia e para que Portugal dê um passo em frente relativamente aos ensaios clínicos ao nível da oncologia pediátrica. 
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