Os hospitais vão passar a ter equipas de especialistas que serão responsáveis pela aplicação de novas regras para as transfusões de sangue, de forma a racionalizar a utilização deste bem que, ultimamente, tem sido escasso.
Segundo a especialista em imuno-hemoterapia, Manuela Carvalho, “no bloco operatório, mais de 90% das transfusões são situações mal transmedidas, em que os doentes perdem sangue, o que podia ser minimizado com agentes farmacológicos ou em que os cirurgiões, para ficarem mais confortáveis, pedem transfusões que não deviam ter pedido”.
Recentemente, a responsável coordenou uma reunião que contou com a presença de nove peritos que trabalham diretamente com doentes e transfusões sanguíneas, durante a qual foram reunidas ideias e sugestões de poupança, dependendo da área específica de cada profissional de saúde.
Com base nos planos delineados, serão elaborados consensos e apurados os aspetos mais importantes para serem transformados nas linhas orientadoras que vão dirigir a prática hospitalar no que respeita às transfusões. De modo a aplicar estas regras, estão a ser constituídas as comissões transfusionais com especialistas de todas as áreas.
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