Um estudo da Universidade de Nottingham (Reino Unido) reforça a necessidade de maior consciencialização sobre os sintomas do cancro ósseo em crianças e jovens, destacando os atrasos no diagnóstico que podem afetar as hipóteses de sobrevivência.
Atrasos no diagnóstico afetam sobrevivência
Todos os anos, mais de 150 casos de cancro ósseo são diagnosticados no Reino Unido, mas muitos jovens enfrentam demoras significativas no diagnóstico, o que pode comprometer as opções de tratamento. As taxas de sobrevivência mantêm-se inalteradas há mais de 15 anos, com menos de sete em cada 10 pacientes a sobreviverem mais de cinco anos.
Principais sintomas do cancro ósseo
O estudo analisou dados de 1.400 pacientes e identificou os sintomas mais comuns dos dois tipos mais frequentes de cancro ósseo:
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- Ewing sarcoma: febre, dificuldade em movimentar membros e dor óssea persistente
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- Osteossarcoma: fraturas inexplicáveis, dor, inchaço e perda de peso
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Estes sintomas podem ser confundidos com lesões ou infeções, dificultando um diagnóstico atempado. Um em cada dez pacientes espera mais de três meses após notar os primeiros sintomas antes de procurar ajuda médica.
O impacto do diagnóstico tardio
Um dos casos citados no estudo é o de Kieran Maxwell, um jovem diagnosticado com Ewing sarcoma em 2010, que esperou 14 meses até realizar um raio-X. Apesar do tratamento, sofreu várias recaídas e faleceu em 2017, com 18 anos. A sua mãe, Nicola, acredita que um diagnóstico mais rápido poderia ter evitado amputações e aumentado as hipóteses de sobrevivência.
Mudanças necessárias para um diagnóstico mais rápido
O estudo pretende ajudar a criar novas diretrizes de referência para que os profissionais de saúde consigam identificar cancros ósseos mais cedo, evitando atrasos no tratamento. Além disso, estão planeadas campanhas de sensibilização para alertar famílias e médicos para os sinais desta doença.
Ashley Ball-Gamble, coautor do estudo, reforça que o aumento da consciencialização sobre o cancro ósseo é essencial para garantir que nenhum sintoma seja ignorado e que o tratamento comece o mais cedo possível.
Fonte: Medical Express
