Especialistas afirmam que cuidados paliativos são introduzidos muito tardiamente

Este sábado, dia 16 de setembro, realizam-se no Porto as I Jornadas do Núcleo de Estudos de Medicina Paliativa da Sociedade Portuguesa de Medicina Interna. 
O evento terá como foco os cuidados paliativos não oncológicos, já que “os cuidados paliativos continuam a ser muito associados às doenças oncológicas e introduzidos apenas numa fase terminal”, por vezes “demasiado tarde nas doenças oncológicas e não oncológicas”, alertou a coordenadora Elga Freire.
De acordo com a especialista em medicina interna e coordenadora do Núcleo de Estudos de Medicina Paliativa, os cuidados paliativos continuam a ser associados às últimas semanas ou meses de vida dos doentes, “apesar de ser já consensual que deve haver uma introdução precoce dos cuidados paliativos no tratamento das doenças oncológicas e não oncológicas, a par de todos os outros cuidados”. 
Sobre o tema do debate, cuidados paliativos não oncológicos, a especialista explicou que é “importante alertar que as doenças não oncológicas, nomeadamente as insuficiências de órgão como a insuficiência cardíaca, a doença renal crónica avançada, as doenças respiratórias crónicas, a doença hepática avançada ou a sida são áreas que carecem de uma atenção específica em cuidados paliativos”, sendo esse “um dos objetivos destas jornadas”.
O Núcleo de Estudos de Medicina Paliativa da Sociedade Portuguesa de Medicina Interna pretende com estas jornadas dirigir-se “a todos os profissionais de saúde que lidam com pessoas com doenças graves e/ou avançadas e progressivas, sejam da medicina interna, dos cuidados paliativos, ou dos cuidados de saúde primários”.
O encontro irá decorrer no auditório da Fundação Dr. António Cupertino de Miranda, no Porto.
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