Um artigo publicado The Journal of Nuclear Medicine afirma que a exposição à radiação de imagens médicas não só não aumenta o risco de cancro numa pessoa adulta, como também não aumenta o risco em crianças.
De acordo com os autores, a crença de que mesmo baixas doses de radiação, como as recebidas em imagens de diagnóstico, aumentam o risco de cancro, é baseada em hipóteses não provadas que levam a medos desnecessários e a diagnósticos errados.
A hipótese referida é a hipótese linear sem limiar, promovida pelo Prémio Nobel Hermann Muller e data de 1946. Para os investigadores, a suposição ignora respostas adaptativas suportadas por evidências que consistem em reparar mutações através de enzimas de reparação aprimoradas ou remover as células não reparadas pela apoptose ou, o mais importante, do sistema imunológico.
Para os investigadores da Sociedade de Medicina Nuclear, grande parte do pensamento atual sobre os riscos de radiação ionizante baseia-se em certas interpretações do estudo de vida de Hiroshima/Nagasaki; só que essas mesmas crianças, que foram expostas a radiação, não mostraram diferenças significativas no aparecimento de tumores enquanto adultos, quando comparadas com um grupo de controlo.
Os especialistas citam estudos que mostram que o dano induzido pela radiação inicial geralmente é reparado ou eliminado numa questão de horas pelas respostas adaptativas do corpo. Além disso, as crianças mais velhas têm um sistema imunológico mais forte do que os adultos.
Como conclusão, os investigadores alertam para o facto de a obsessão da redução da dose de radiação ser uma tentativa inútil e laboriosa de minimizar o que é, de facto, um risco inexistente.
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