Especialista sublinha importância de cuidados paliativos em crianças com cancro

Uma profissional de saúde do St. Jude Children's Research Hospital, nos Estados Unidos, deu uma entrevista onde debateu a necessidade e a importância dos cuidados paliativos em casos de oncologia pediátrica.
Para Angelica Welch, a “integração é a chave de todo o processo, e essa mesma integração está a ocorrer cada vez mais cedo na maioria das instituições, o que é ótimo para pacientes, familiares e para as equipas de profissionais, sejam eles de oncologia pediátrica do de cuidados paliativos”. 
Durante a entrevista, a oncologista realçou a importância de uma maior articulação entre os vários profissionais de saúde. 
“Há muitas pessoas que acreditam que eu, enquanto oncologista pediátrica, deveria estar a fazer todo o trabalho, incluindo os cuidados paliativos nos meus pacientes, mas isso é demais. Temos que nos unir. Neste momento, há um tremendo progresso que tem sido demonstrado em várias instituições, incluindo no St. Jude Children's Research Hospital, onde temos conseguido mostrar que as parcerias fazem a diferença na vida dos nossos pacientes e na vida das suas famílias”, disse.
Angelica acredita que, para a oncologia pediátrica, os próximos 5 a 10 anos serão decisivos para a implementação de novas regras e protocolos: “para mim, nos próximos tempos, a equipa de cuidados paliativos tornar-se-á parte da equipa de oncologia de rotina. No momento, não temos recursos para fazer isso, pois nenhuma instituição pode dar a cada paciente oncológico uma equipa de cuidados paliativos”, afirmou.
“A oncologia pediátrica paliativa vai-se tornar parte dos cuidados de rotina, e fará parte da equipa da mesma maneira que os assistentes sociais, as enfermeiras e o próprio oncologista. Esta solução parece-me bastante viável, pois significa que, na teoria, existirá uma maior mobilidade e comunicação entre as várias equipas. Certamente que aí não poderemos [os oncologistas] ver o mesmo paciente duas ou três vezes por semana, mas estaremos disponíveis imediatamente para quaisquer preocupações e problemas”. 
A profissional defende que a natureza crítica dos cuidados paliativos demonstra que é necessário trazer para a próxima geração de oncologistas a compreensão de que, em oncologia pediátrica, a melhor maneira de cuidar das crianças e das famílias é através de uma abordagem integrada de cuidados paliativos. 
Este artigo foi úlil para si?
SimNão

Deixe um comentário

Newsletter