Escola é fundamental para crianças em tratamento oncológico

Maria de Jesus Moura, diretora da unidade de Psicologia do Instituto Português de Oncologia Francisco Gentil de Lisboa (IPO de Lisboa), sublinha a importância da escola entre as crianças que se encontram em tratamento oncológico, lembrando que “é fundamental neste contexto”.

Segundo a especialista, as atividades curriculares ajudam a criança a manter o ritmo de vida que tinha antes do diagnóstico e ajudam mesmo a superar a fase difícil dos tratamentos.

“Mantém os projetos de vida das crianças. A dada altura tudo se concentra na doença: há sintomas, tratamentos, amigos e familiares que fazem visitas e falam sobre o tema. A escola é uma maneira de quebrar este contacto constante. Tem uma função adaptativa e, ao mesmo tempo, de proteção.”

Os tratamentos alteram profundamente o quotidiano da criança e, por esse motivo, os IPO decidiram criar escolas nos seus edifícios para ajudar as crianças e jovens a manterem o seu ritmo escolar.

Dina Ribeiro, docente do IPO de Lisboa, explica mesmo que “algumas crianças mantêm a escolaridade de forma regular com a instituição de origem”, enquanto outras, mais debilitadas, “necessitam de uma intervenção mais complexa”.