Investigadores da Clínica Mayo, nos Estados Unidos, descobriram uma associação entre os níveis de vitamina D no sangue e a progressão da leucemia linfocítica crónica (LLC), bem como o risco de morte em doentes que desenvolveram este tipo de cancro.
Doentes com níveis mais reduzidos de vitamina D no sangue, no momento do diagnóstico da doença, sofreram uma progressão mais rápida do cancro e apresentaram duas vezes maior risco de morte, em comparação com os que tinham níveis adequados do composto.
O artigo, publicado na edição online da revista Blood, refere ainda que a pesquisa concluiu que o aumento dos níveis de vitamina D potencia uma elevada taxa de sobrevivência, enquanto a redução dos mesmos estava associada a intervalos mais curtos entre o diagnóstico e a progressão do cancro, relação que se manteve mesmo após o controlo de outros factores relacionados com o desenvolvimento da leucemia.
Um hematologista da Clínica Mayo sublinha a importância destes resultados, sobretudo no que toca à leucemia linfocítica crónica, porque, embora este tipo de cancro seja geralmente identificado em estágios iniciais, a abordagem padrão espera que os sintomas se pronunciem antes de avançar para um tratamento de quimioterapia.
Deste modo, a descoberta de que os níveis de vitamina D podem ser um factor de risco na progressão da leucemia permite uma nova abordagem sobre a doença. O próximo passo será determinar se a reposição de vitamina D nestes doentes pode reverter a progressão da leucemia, algo que o estudo em questão não avaliou.
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