Os pesquisadores da VIB/KULeuven identificaram uma enzima, designada por PHD2, que, se for inibida, pode ajudar a potenciar os efeitos da quimioterapia e a reduzir os seus efeitos secundários, pois o seu bloqueio ajuda a estabilizar o fluxo sanguíneo até ao tumor.
Num artigo publicado na revista Cancer Cell, o investigador português explica que a inibição da enzima atua diretamente sobre os vasos sanguíneos que irrigam o tumor, que são irregulares, frágeis e disfuncionais, estabilizando a rede vascular que fornece sangue ao tumor, ajudando assim à passagem dos medicamentos administrados durante as sessões de quimioterapia.
A pesquisa testou a administração dos compostos anticancerígenos cisplatina e a doxorubicina e os resultados mostraram uma ação aumentada dos seus efeitos através da inibição da PHD2.
Além da maior eficácia comprovada, os cientistas sublinham ainda que, tendo como alvo esta enzima, é possível, de igual modo, minimizar os efeitos secundários da quimioterapia, “protegendo a função renal e a função cardíaca”.
Numa próxima fase, os cientistas pretendem testar o desenvolvimento de inibidores específicos da enzima PHD2 que possibilitem a criação de novos fármacos.
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