Equipa de investigador português cria técnica de deteção precoce do cancro

O investigador português Tiago Rodrigues, de 36 anos, que desenvolve o seu trabalho na Universidade de Cambridge, no Reino Unido, criou uma técnica de ressonância magnética inovadora que permite a deteção precoce do cancro.
Num artigo publicado na revista Nature Medicine, a equipa de investigadores de Tiago Rodrigues explica que o novo método de deteção de tumores cancerígenos permite observar e identificar, com precisão, as moléculas utilizadas pelas células do cancro para produzirem a energia de que necessitam para iniciarem o seu processo de multiplicação descontrolada que origina o tumor.
 
O método utilizado, simples e preciso, possibilita a obtenção de “imagens hipersensíveis (e não radioativas) do consumo de glicose e do seu metabolismo em tumores”, explica Tiago Rodrigues, sublinhando que “a glicose circula pelo corpo em poucos segundos, pelo que podemos obter imagens do seu metabolismo pouco tempo depois da sua injeção”.
Além do seu potencial e das vantagens económicas que lhe são inerentes, pelo facto de garantir uma “redução de custos em tratamentos ineficazes”, o investigador acredita que, “se se comprovar que a técnica é segura e eficaz em pacientes oncológicos, pode tornar-se uma ferramenta crucial para detetar mais cedo, não só a doença, mas também a resposta ao tratamento, oferecendo, numa fase precoce, a possibilidade de mudança de estratégia terapêutica e diminuição da carga psicológica e física dos doentes expostos a este tipo de tratamentos”.
Na prática, o novo método já provou a sua eficácia na identificação antecipada da resposta e dos efeitos da quimioterapia em ratinhos com linfoma.
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