Uma equipa de pesquisadores internacionais concluiu que as mudanças epigenéticas que provocam alterações no ADN dos genes podem estar fortemente associadas ao desenvolvimento de um dos tipos de cancro mais frequentes entre as crianças, a leucemia linfoblástica aguda (tipo de tumor que afeta o sangue).
Charles Mullighan, que conduziu o estudo no Hospital de Pesquisa Infantil St. Jude, nos Estados Unidos, verificou que a ocorrência de alterações num mecanismo epigenético que transforma a expressão dos genes tem um papel semelhante ao das alterações genéticas no desenvolvimento deste tipo de cancro pediátrico.
As descobertas foram apuradas a partir da avaliação de amostras de células tumorais e saudáveis de mais de 160 crianças. Com recurso a diferentes técnicas, os investigadores estudaram centenas de milhares de blocos de metilação em todo o genoma e descobriram perfis de metilação únicos nas alterações cromossómicas, em vários subgrupos de pacientes com este tipo de cancro.
Em colaboração com cientistas daquela unidade e de pesquisadores do Colégio Cornell e da Universidade do Michigan, também nos Estados Unidos, e do Hospital Universitário Lund, na Suécia, os autores acreditam que os resultados podem ajudar a criar novas terapias que tenham como alvo alterações epigenéticas específicas.
O estudo, publicado no Journal of Clinical Investigation, fornece assim novas informações sobre a origem de diferentes subgrupos deste tipo de tumor.
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