A foto de uma criança, num jogo de futebol, com uma cartolina vermelha onde se lia “Eu venci o cancro para ver o ‘Mengão’ vencer” rapidamente se tornou viral nas redes sociais.
A criança na foto é Enzo, um menino de 4 anos, que naquele domingo tinha ido assistir a um jogo de futebol entre o Chapecoense e o Flamengo, ou “Mengão”, como o rapaz chama à sua equipa de futebol preferida.
Mas Enzo é muito mais que uma criança a segurar um cartaz; segundo os seus pais, a criança traz consigo uma bela história de superação.
“Esta foi a primeira vez que eu vim ao Estádio do Maracanã. Desde que o Enzo ficou curado, que nós decidimos fazer coisas que não podemos fazer até aqui”, diz a mãe de Enzo, Angélica.
“Agora está na hora de passear, de curtir”, revela Angélica.
Aficionado por futebol, Enzo, que vai fazer 5 anos em junho, revela que torce pelo Brasil, pelo “Mengão” e pelo Barcelona.
O sonho de ir até ao Estádio do Maracanã foi realizado graças a um amigo da família que ofereceu os bilhetes para Enzo, Angélica e o pai da criança irem ver o Flamengo.
Enzo foi diagnosticado com um cancro no abdómen quando tinha apenas 10 meses; desde aí, a criança já foi sujeita a inúmeras sessões de quimioterapia e a cirurgias.
O tumor de Enzo está localizado numa região delicada, perto da coluna, pelo que não pode ser retirado por completo, ou a criança correria o risco de desenvolver sequelas graves.
Quando o menino tinha 3 anos, uma ressonância magnética mostrou que o tumor estava crescendo, pelo que o jovem continuou o seu tratamento até ao passado 2018, quando realizou nova cirurgia.
Quando os resultados chegaram, os médicos constataram que não existiam mais células cancerígenas no local.
E foi aí que surgiu, como forma de comemoração, a cartolina vermelha.
“Aquela cartolina foi para agradecer a Deus”, conta Angélica, que nunca esperou que a fotografia do seu filho se tornasse viral na internet.
Segundo a mãe, a história da criança “emocionou muitas pessoas. O meu filho é um milagre.”
Atualmente, Enzo é sujeito a exames periódicos, mas não corre perigo de vida.
Fonte: Terra