Aos 11 anos, a pequena Emma Perkins descobriu que fazer música é tão divertido quanto ouvir.
Neste momento, a menina está bastante animada com as suas aulas de trompete e até já pensa em ser trompetista quando for adulta.
Este pensar no futuro é algo que, até há meses, era encarado com muito mais receios. Emma é uma sobrevivente de leucemia infantil.
A menina, diagnosticada quando tinha apenas 3 anos, foi sujeita a tratamentos bastante intensivos que afetaram a sua infância.
“Pensamos muitas vezes no cancro, nas dores, nos tratamentos, mas esquecemo-nos que a principal coisa que o cancro infantil rouba é, simplesmente, a infância dos nossos filhos, a possibilidade de eles serem crianças normais”, diz Mike, o pai da menina.
“Enquanto pais, assumimos todas as responsabilidades. Preocupamo-nos com a saúde, a segurança e a felicidade dos nossos filhos”, afirma o progenitor, confessando que, quando Emma recebeu o diagnóstico de cancro, sentiu que tinha falhado enquanto pai.
“Os efeitos dos tratamentos foram tão maus, ou piores, do que a doença que estávamos a tentar tratar. Foi horrível. Mas felizmente já passou”.
Hoje, Emma está em remissão, mas continua ligada à causa da oncologia pediátrica ajudando crianças que, tal como ela, foram diagnosticadas com cancro.
E se, por um lado, o cancro lhe roubou muitos sorrisos, por outro, deu-lhe ainda mais força para enfrentar o futuro.
“Não gosto de estar sempre a recordar o passado. Gosto de olhar para o futuro. Quero tocar trompete e divertir-me. É sempre isso que digo às crianças que visito: ‘tentei esquecer, nem que seja por um bocadinho, tudo o que estão a passar e apenas divirtam-se”, diz a sobrevivente.
Fonte: NBC