Efeitos secundários ainda são desafio em sobreviventes de cancro pediátrico

Todos os anos, mais de 12 mil crianças são diagnosticadas com cancro nos Estados Unidos, mas, graças aos avanços no tratamento da doença, cerca de 80% sobreviverá. As últimas estimativas dão conta de 350 mil sobreviventes de cancro infantil no país, dois terços dos quais sofrerão com outra doença que os pode colocar em risco de vida em algum momento.

O responsável do Centro de Crianças Sobreviventes de Cancro da Universidade de Chicago explica que entre os efeitos secundários mais comuns dos tratamentos contra o cancro estão os problemas de coração, pulmonares, nos rins e de fertilidade, e muitas destas crianças têm risco elevado de virem a sofrer com um segundo cancro, sobretudo devido à escassez de exames apropriados.

Os cientistas lembram que as raparigas tratadas, por exemplo, a um linfoma de Hodgkin, têm taxas extremamente elevadas de, mais tarde, virem a sofrer de cancro da mama, problema que ainda não é devidamente acautelado por muitos médicos.

Uma pesquisa recente efectuada com 1 500 médicos norte-americanos concluiu que menos de cinco por cento sabiam quais eram os exames mais adequados a serem feitos por sobreviventes do linfoma de Hodgkin.
Uma pesquisa recente, publicada na revista Annals of Internal Medicine, mostra que sobreviventes de cancro infantil vivem, em média, menos dez anos do que a população em geral. O líder do estudo recorda que a melhoria nos rastreios e detecção de problemas a longo prazo acabará por reduzir a mortalidade destes doentes.
Este artigo foi úlil para si?
SimNão

Deixe um comentário

Newsletter