Efeitos de cancro infantil podem permanecer em adultos

Sobreviventes de cancro na infância têm um risco aumentado de desfiguração e perda de cabelo persistente mais tarde na vida e, para alguns, os efeitos a longo prazo podem mesmo desencadear um sofrimento emocional, sugere um novo estudo.

Em comparação com os seus irmãos, os sobreviventes de cancro são mais propensos a ter cicatrizes e desfiguração no rosto, braços e pernas mais tarde e adultos com essas características são mais propensos a sofrer de depressão e a ter uma menor qualidade de vida.

Karen Kinahan, coordenador do Programa de Sobrevivência Estrela no Centro Oncológico Robert H. Lurie da Universidade Northwestern, em Chicago, nos Estados Unidos, explica que a sua pesquisa revela que “precisamos de estar mais conscientes dos efeitos tardios que podem afetar estes pacientes.

O estudo foi feito com base em registos de 14.358 sobreviventes de cancro infantil e de 4.023 irmãos que já tinham participado num estudo anterior.

Em geral, um quarto dos sobreviventes de cancro apresentavam uma cicatriz ou desfiguração na zona do rosto ou pescoço, em comparação com um em cada 12 no caso dos seus irmãos, além de serem mais propensos a ter cicatrizes ou problemas nos braços, pernas, peito e estômago.

Cicatrizes e desfigurações podem ser provocadas pelos tratamentos de cirurgia ou radioterapia e, em crianças ainda em fase de crescimento, as zonas do corpo sujeitas a radiações tendem a não crescer de forma normal.

Por outro lado, o artigo publicado no Journal of Clinical Oncology refere ainda que os sobreviventes com cicatrizes ou desfigurações não rosto, pescoço, braços ou pernas tinham um risco 20% maior de depressão e a perda de cabelo também era mais comum em sobreviventes de cancro em comparação com os seus irmãos.

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