Uma pesquisa do Instituto de Cancro Dana-Farber, nos Estados Unidos, sugere que a esperança dos pacientes no que se refere aos tratamentos de quimioterapia nem sempre está de acordo com a realidade.
Uma percentagem significativa de doentes que sofrem com cancro em estadio avançado, como por exemplo cancro de pulmão ou colorretal metastizado, acredita que os tratamentos de quimioterapia podem de facto curá-los, mesmo que estes sejam dados em regime paliativo.
“As expetativas estão de alguma forma fora de sintonia com a realidade”, defende a principal autora do estudo, Deborah Schrag.
A quimioterapia paliativa pode ser administrada em casos de cancro metastizado a fim de prolongar a sobrevivência do doente durante semanas ou meses, mas muitos pacientes nesta fase da doença acreditam que os tratamentos quimioterápicos ainda os podem curar.
Especialistas da Escola de Medicina da Universidade Johns Hopkins, nos Estados Unidos, explicam, num artigo que acompanha o estudo, publicado no New England Journal of Medicine, que, “se os pacientes realmente têm expetativas irreais de uma cura e de uma terapia que é administrada com caráter paliativo, este é um problema sério de falta de comunicação que precisamos de resolver”.
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