DIPG: a luta contra o tempo de Lily

A família Wythe, natural do Reino Unido, está desesperadamente à procura de uma forma de conseguir levar a sua filha Lily, de apenas 13 anos, para os Estados Unidos, onde reside a última esperança de sobrevivência desta jovem a quem foram dados apenas alguns meses de vida.

Lily foi diagnosticada com um tumor cerebral em setembro do ano passado. Após uma biópsia, descobriu-se que a menina tinha glioma pontino intrínseco difuso, um tipo de tumor inoperável e de rápido crescimento, conhecido como “a forma mais mortal de cancro infantil”.

Após o diagnóstico, o prognóstico médio de sobrevivência é de apenas entre 8 a 12 meses.

A jovem já fez várias sessões de radioterapia, que a deixaram incapacitada de andar mas, infelizmente, a família foi informada de que não existem mais opções de tratamento disponíveis, a não ser um tratamento nos Estados Unidos que tem um custo de centenas de milhares de euros.

“Disseram-nos que agora, a única coisa que tínhamos a fazer era ir para casa e criar memórias. Mas isso é o pior pesadelo de qualquer pai e mãe. É impossível ficarmos em casa sem fazermos nada para tentar salvar a vida da Lily”, disseram Diane e Martin Wythe, os pais da menina.

Lily e Diane. – Fonte: DR

“Não estamos preparados para fazer o que os médicos nos disseram e esperar que a doença progrida. Vamos lutar”.

Por esse motivo, a família Wythe lançou uma campanha de angariação de fundos, para ver se é possível angariar os mais de 350 mil euros necessários para pagar a entrada de Lily num promissor ensaio clínico experimental. Até agora, Diane e Martin já angariaram mais de 82 mil euros.

“A maneira como temos sido apoiados tem sido incrível. Queremos arrecadar, pelo menos, 352 mil euros até março, para conseguirmos levar a Lily até ao Hospital Infantil de Seattle, nos Estados Unidos”.

Segundo Diane, os médicos nunca falaram com ela e com o seu marido acerca da possibilidade de Lily se inscrever em ensaios clínicos.

“Nunca nos falaram sobre ensaios clínicos ou outros tratamentos que poderiam fazer Lily sentir-se melhor. Tudo o que sabemos acerca deste tratamento experimental foi fruto da nossa pesquisa”.

De acordo com a organização Brain Tumor Research, os tumores cerebrais matam mais crianças e adultos com menos de 40 anos do que qualquer outro cancro; contudo, no Reino Unido, apenas 1% dos fundos governamentais dirigidos à pesquisa sobre o cancro são destinados para esta doença devastadora.

“Quantas famílias mais precisam de passar por isto? Existem ensaios clínicos em andamento para identificar medicamentos que podem ajudar crianças com este tipo de tumor cerebral, mas não existem medicamentos quimioterápicos que tenham dado provas universais de benefícios”, disse Hugh Adams, da Brain Tumor Research.

A família não desiste de salvar Lily. – Fonte: DR

“Não podemos permitir que os tratamentos para crianças como Lily sejam fortemente dependentes do acesso a ensaios clínicos”.

Fonte: ECHO

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