Cientistas da Universidade Tufts, nos Estados Unidos, avaliaram os padrões alimentares de sobreviventes de cancro e concluem que estes doentes consomem, muitas vezes, dietas pobres, o que pode afetar a sua saúde a longo prazo, devido à sua maior suscetibilidade imunitária.
A equipa avaliou as dietas de 1 533 sobreviventes de cancro e a sua adesão às diretrizes alimentares que vigoravam nos Estados Unidos para este grupo da população em 2010.
As conclusões revelaram que os sobreviventes apresentavam um baixo consumo de verduras, grãos integrais e fibras.
Num artigo publicado na revista Cancer, as conclusões apontam para uma baixa ingestão de vitamina D (apenas 31% do recomendado), vitamina E (47%), potássio (55%) e cálcio (73%), mas um consumo elevado de gordura saturada (112%) e de sódio (133%).
A nutrição é um dos poucos comportamentos modificáveis que podem prevenir ou retardar o aparecimento de vários problemas de saúde neste tipo de doentes, o que leva a equipa a reforçar a importância de intervenções dietéticas nesta população vulnerável.
“As mudanças dietéticas que incluem mais fibras, frutas e vegetais na dieta e menos gordura, sódio e açúcar adicionado são importantes para os sobreviventes de cancro”, reforçam os cientistas, que lançam o apelo aos médicos que “desempenham um papel crítico no reforço da importância de uma dieta saudável” e que devem encaminhar os pacientes para dietistas, a fim de melhorar a saúde geral dos sobreviventes.
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