De acordo com um estudo do Children's Cancer Hospital, da Universidade do Texas, nos Estados Unidos, a dieta e o exercício podem melhorar os resultados do tratamento em pacientes com cancro infantil.
A descoberta, publicada na Pediatrics Research, também revelou que, para além do forte potencial para melhorar a eficácia da quimioterapia, a dieta e o exercício podem reduzir o risco de efeitos secundários tardios nos pacientes.
A descoberta impulsiona a necessidade de mais trabalho para determinar de que forma o equilíbrio de energia, uma combinação de dieta e exercício, pode ser implementado durante o tratamento para gerir ou tratar a obesidade.
Os investigadores analisaram 67 estudos, incluindo 32 novos ensaios clínicos em pacientes pediátricos, e dados de uma amostra relativa a pacientes pediátricos diagnosticados com diferentes tipos de cancro, incluindo pacientes com leucemia linfoblástica aguda (LLA), rabdomiossarcoma e tumores cerebrais.
Os mecanismos celulares pelos quais o balanço energético impactou o crescimento tumoral também foram destacados.
Embora uma alimentação saudável seja incentivada durante e após o tratamento, as intervenções especiais da dieta como parte do tratamento para pacientes pediátricos são incomuns. Além disso, quando se trata de atividade física, os clínicos são cautelosos sobre a administração de um regime de exercícios num ambiente de cancro.
De acordo com uma das investigadoras, o objetivo do estudo foi “delinear entre a redução da obesidade como objetivo para as intervenções do balanço energético versus simplesmente mudar a dieta ou adicionar exercícios”.
A obesidade, uma epidemia e um fator de risco para vários tipos de cancro, está a aumentar em pacientes com cancro pediátrico a nível global. Segundo dados oficiais, pacientes pediátricos obesos diagnosticados com leucemia e cancro ósseo apresentam menor prognóstico para a sobrevivência.
A pesquisa também indicou que os pacientes obesos apresentam maior taxa de recidiva e não respondem ao tratamento tão bem como outros pacientes pediátricos. A análise mostra ainda que a predisposição genética à obesidade exige uma via mais direcionada para o tratamento.
Embora a pesquisa confirme que uma dieta pobre e o estilo de vida sedentário levam à obesidade, pesquisas adicionais são necessárias para entender de que forma a dieta e o exercício afetam tumores em diferentes tipos de cancro.
Atualmente, não existem ensaios clínicos conhecidos que examinem os efeitos da atividade física sobre a eficácia do tratamento em pacientes pediátricos.
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