Diagnóstico tardio de cancro na infância dificulta tratamento

Os benefícios do diagnóstico precoce do cancro em crianças foram um dos temas em destaque no XIII Congresso Brasileiro de Medicina de Família e Comunidade, que decorreu em Natal, no Brasil, entre 8 e 12 de julho.
    
O encaminhamento tardio de crianças e adolescentes oncológicos para as unidades de referência pode colocar em causa o tratamento destas crianças, influenciando de forma negativa os resultados finais, segundo as conclusões dos especialistas. 
Dados do Instituto Nacional de Cancro no Brasil (Inca) apontam para uma prevalência de 12 mil casos de cancro infantojuvenil por ano naquele país, e segundo as últimas estimativas da Sociedade Brasileira de Oncologia Pediátrica (Sobope), cerca de 70% destas crianças e jovens podem apresentar uma elevada probabilidade de cura se forem diagnosticados numa fase inicial da doença.
Teresa Fonseca, oncologista pediátrica e presidente da Sobope, explica que se a doença for diagnosticada numa fase inicial o tratamento poderá ser menos agressivo, o que representará menos sequelas e melhor qualidade de vida no futuro dos sobreviventes.
A especialista recorda, no entanto, que há muitas barreiras que dificultam o diagnóstico precoce, muito pelo facto de os “sinais e sintomas do cancro infantojuvenil serem semelhantes aos de doenças comuns na infância”.
Para Teresa Fonseca, é nos cuidados primários que deve ser feito um esforço adicional de meios de diagnóstico que permita a identificação da doença numa fase inicial, associado à implementação de uma rede e fluxo de investigação que possibilite o encaminhamento do paciente para os centros de tratamento de referência.
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