Quando aos 4 anos e 7 meses de idade, a pequena Beatriz Silva, ou Bia como é carinhosamente apelidada, foi diagnosticada com leucemia linfoblástica aguda, a sua família temeu o pior.
Mas hoje, e após 8 anos de uma dura batalha contra a doença, Bia tem razões para sorrir: a menina, de nacionalidade brasileira, está curada.
“Foi tudo uma surpresa para nós. Descobrimos depois de uma série de exames que a Bia tinha leucemia. No caso dela, a doença era assintomática. Ela apresentava somente febre e dores de ouvido, um pouco diferente dos sintomas habituais da leucemia”, explicou a Durcilene, a mãe da menina.
Após o diagnóstico, Durcilene falou com uma assistente social do hospital e pediu para conhecer alguma mãe que tivesse passado por uma situação semelhante.
“Nós fomos encaminhadas para São Paulo, para o hospital Santa Marcelina, em Itaquera. Mas antes de viajarmos eu pedi para conversar com alguma mãe que tivesse passado pela mesma situação. Graças a deus que o meu pedido foi atendido. Mal tive o contato, marquei um encontro com uma mãe de um menino que tinha sido diagnosticado com leucemia há já alguns anos. Falámos de contatos, de emoções, fiz-lhe todas as questões naquele dia. E ela ajudou-me muito”, recorda Durcilene.
A mãe da Bia conta ainda que enfrentou dificuldades em conseguir o tratamento imediato por causa de toda a burocracia.
“Esta doença não pode esperar, tem que ser tudo feito rapidamente. Se tivéssemos esperado, provavelmente a minha filha não teria ficado curada. Um dia pode fazer toda a diferença no prognóstico”, afirmou.
Bia não precisou de um transplante de medula óssea graças a toda a agilidade do processo.
“A minha filha não precisou fazer um transplante e recebeu protocolo de baixo risco, pois a leucemia só chegou a 86% da medula.”
Atualmente, Beatriz frequenta consultas anuais no hospital para controlar da doença; sempre que a menina se desloca aquela unidade de saúde cumpre o ritual de tocar no “sino da cura”, um ato que representa a superação.
Fonte: G1 Globo