Investigadores do laboratório Dimitroff do Brigham and Women's Hospital, em Boston, nos Estados Unidos, desenvolveram um composto de glucosamina, que mostrou, num estudo recente, bloquear a síntese das principais estruturas de carboidratos relacionadas com a inflamação da pele e progressão do cancro.
Através da sua pesquisa, os cientistas concluíram que a glucosamina fluorada terapêutica não actua por introdução directa em cadeias de açúcar, mas sim bloqueando a síntese de um elemento chave do açúcar, designado por UDP-GlcNAc, que está presente nas células do sistema imunológico, impulsionando a inflamação característica das respostas imunes anti-tumorais.
Os dados publicados no Journal of Biological Chemistry explicam assim que a descoberta deste novo e desconhecido mecanismo, que mostra que fluorados da glucosamina podem reduzir a intensidade da inflamação e, ao mesmo tempo, aumentar as respostas imunes anti-tumorais, traduz-se em mais um passo fundamental para a compreensão do cancro.
Os especialistas lembram que esta informação terá efeitos positivos sobretudo na concepção de novos compostos de glucosamina mais potentes contra a doença, bem como na definição de estratégias de tratamento mais eficientes.
A pesquisa do hospital de Boston contou com o apoio do Instituto Nacional de Cancro dos Estados Unidos, do Centro Nacional para Medicina Complementar e Alternativa de do Instituto Nacional para a Saúde norte-americano.
Este artigo foi úlil para si?
SimNão
Deixe um comentário
Tem de iniciar a sessão para publicar um comentário.