Uma equipa de cientistas do Hospital Monte Sinai, nos Estados Unidos, acredita ter conseguido desenvolver uma terapia que se mostrou promissora no tratamento da leucemia mieloide aguda.
De acordo com a investigação, publicada na revista Science Translational Medicine, esta terapia de pequenas moléculas foi altamente eficaz no combate a este tipo de leucemia em experiência in vitro e in vivo.
Denominado MS67, este tratamento promoveu a degradação da proteína WDR5, conhecida por impulsionar a proliferação da leucemia mieloide aguda com uma composição genética específica, chamada rearranjo de leucemia de linhagem mista.
Este tipo de leucemia é mais comum em crianças e, dada a sua grande resistência aos tratamentos padrão, tem prognóstico muito reservado.
A proteína WDR5 também desempenha um papel importante na proliferação de outros tipos de cancro, pelo que os cientistas acreditam que é provável que os degradadores de moléculas pequenas desta proteína também possam ser eficazes no tratamento desses mesmos cancros.
“Esta investigação foi a primeira a demonstrar que a degradação farmacológica da proteína WDR5 pode ser uma estratégia terapêutica eficaz e superior à inibição farmacológica (ou bloqueio) da proteína WDR5 no tratamento de cancros dependentes da mesma”, explicou o investigador Jian Jin, do Hospital Mount Sinai.
“Além disso”, continuou, “esta terapia foi o primeiro degradador de moléculas pequenas WDR5 que exibiu uma atividade anti-tumoral robusta em experiências in vivo.”
Em colaboração com a Universidade da Carolina do Norte, os cientistas descobriram que a terapia MS67 suprimiu eficazmente o crescimento deste tipo de células de leucemia mieloide aguda derivadas de pacientes in vitro e in vivo, através de células cancerígenas de pacientes humanos utilizadas em modelos animais.
Durante a investigação, que recorreu a estudos bioquímicos, biofísicos, estruturais, celulares e genómicos, os cientistas demonstraram que a terapia MS67 é um agente terapêutico muito superior do que outras terapias que inibem (ao invés de degradar) a proteína WDR5.
Fonte: Medical Xpress