Investigadores do Centro Celular e de Terapia Genética do Colégio de Medicina de Baylor, do Hospital Pediátrico do Texas e do Hospital Metodista, nos Estados Unidos, explicaram que o objectivo principal da terapia é “ensinar o sistema imunológico a reconhecer as células cancerígenas e eliminá-las”.
Os cientistas do Colégio de Medicina de Baylor dotaram as células do sistema imunitário de novas capacidades, que lhes permitissem reconhecer e atacar com maior facilidade as células cancerígenas. A estratégia dos investigadores consiste em aumentar o poder dos anticorpos em reconhecer as células e potenciar a actividade dos linfócitos T.
Para este estudo, o anticorpo CD19, que reconhece uma proteína na superfície das células do linfoma, foi adaptado para que formasse uma nova estrutura designada por receptor de anticorpos quiméricos (CAR). Quando o CAR identifica o CD19 no linfoma, conecta-se e dispara linfócitos T que matam as células tumorais, deixando as células saudáveis intactas.
Os linfócitos T não se reproduzem com facilidade e têm um período de vida curto no organismo. Para reverter este problema, os cientistas utilizaram a molécula especial estimulante CD28, com o objectivo de aumentar o número de linfócitos T e a sua longevidade.
O estudo avaliou seis doentes que tiveram as suas células sanguíneas modificadas em laboratório e reintroduzidas posteriormente no corpo. Cada paciente recebeu dois tipos de linfócitos T que continham a CAR, com ou sem CD28.
Os linfócitos T que continham CD28 mostraram melhores resultados, foram mais eficazes e mantiveram-se mais activos contra o tumor.
Deixe um comentário
Tem de iniciar a sessão para publicar um comentário.