Descoberta inovadora pode proporcionar melhor tratamento para cancro cerebral infantil

Uma nova descoberta sobre o tipo mais comum de cancro cerebral infantil pode vir a transformar o tratamento para pacientes jovens, permitindo que os médicos prescrevam terapias mais eficazes.
O estudo realizado pelas universidades de Newcastle e Northumbria, no Reino Unido, descobriu que o meduloblastoma infantil pode ser separado em sete subgrupos diferentes, todos com caraterísticas biológicas e clínicas próprias. 
Os especialistas acreditam que esta descoberta, que mostra que cada subgrupo responde de forma diferente ao tratamento e, portanto, pode ser direcionado individualmente, pode, no futuro, ajudar os médicos a decidir qual a melhor forma de tratar cada paciente individualmente, assegurando assim que cada criança obtém o tratamento indicado com maior probabilidade, o que pode levar a um aumento nas taxas de sobrevivência.
O meduloblastoma é o cancro cerebral mais comum entre jovens, com cerca de 70 a 80 pacientes diagnosticados todos os anos no Reino Unido. 
Com a sobrevivência de cinco anos para o meduloblastoma numa taxa de apenas 64%, existe uma necessidade urgente de maior compreensão da condição, a fim de atribuir aos pacientes o programa de tratamento mais apropriado.
As crianças com meduloblastoma recebem atualmente uma combinação de cirurgia, quimioterapia e radioterapia, mas esse tratamento pode ter numerosos efeitos secundários debilitantes, incluindo comprometimento da função cerebral, déficits de crescimento e problemas sociais.
Ao usar essa descoberta para personalizar o tratamento para a biologia específica do cancro, terapias mais suaves podem vir a ser usadas para crianças nesses subgrupos com um bom prognóstico, o que pode fazer uma enorme diferença para as perspectivas de saúde a longo prazo daqueles que sobrevivem ao tratamento.
Da mesma forma, isso significa que tratamentos mais intensos podem ser reservados para aqueles em subgrupos difíceis de tratar.
A longo prazo, encontrar os melhores tratamentos para cada subgrupo pode levar ao aparecimento de novos fármacos e de novas opções de tratamento em desenvolvimento.
Para os investigadores, a pesquisa “forneceu uma nova visão crítica sobre as bases moleculares do cancro e é um passo significativo para aprimorar a nossa compreensão desta doença que ameaça a vida”.
“Devemos continuar a procurar maneiras de melhorar a sobrevivência de crianças e jovens com essa condição devastadora e reduzir o impacto que os tratamentos agressivos podem ter sobre eles à medida que se transpõem para a idade adulta”, continuaram os especialistas, que alertam para a necessidade de mais investimentos em ensaios clínicos relacionados com o cancro pediátrico. 
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