A descoberta de uma enzima envolvida no desenvolvimento de tumores embrionários pode contribuir, no futuro, para a criação de tratamentos mais eficazes contra o tumor embrionário cerebral em multicamadas rosetas (ETMR), que afeta apenas crianças com menos de 4 anos de idade e, apesar de raro, é mortal.
Um grupo de investigadores canadianos do Instituto de Pesquisa do Centro de Saúde da Universidade McGill, do Centro de Inovação e Genoma do Québec e do Hospital para Crianças Doentes (SickKids) avaliou dados de doentes diagnosticados com este tipo de tumor, com o intuito de criar perfis “genómicos” dos tumores.
Depois de definidos os perfis, foi identificada uma alteração na chamada “via de desenvolvimento”, processo que envolve a formação inicial de um órgão a partir de um embrião. A alteração em causa afetava a produção da enzima DNMT3B durante o desenvolvimento, além de garantir que a mesma era feita em níveis excessivos.
As crianças que sofriam com este tipo de tumor apresentavam níveis muito elevados da enzima DNMT3B, o que sugere que a enzima pode vir a tornar-se num potencial alvo para futuras terapias de tratamento deste tumor.
Num artigo publicado na revista Nature Genetics, os autores acreditam que o estudo avançará no sentido de determinar se a produção dos níveis da enzima pode ser controlada diretamente no tumor e se esta pode, por sua vez, impedir o desenvolvimento deste tipo de cancro.
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