Esta é a história de Abby Furco, uma menina que, contra todas as possibilidades, conseguiu vencer o cancro, mesmo depois de os médicos terem desistido e de terem preparado os seus pais para o pior.
No entanto, quando Abby regressou a casa para passar aqueles que seriam os seus últimos dias com a família, a menina começou a recuperar.
“Eu vi a minha filha regressar à vida”, disse Patty Furco, a mãe de Abby, à revista PEOPLE.

A família Furco. – Fonte: DR
Abby foi diagnosticada com leucemia linfoblástica aguda positiva para cromossoma Filadélfia – um subtipo raro do cancro infantil mais comum – a 16 de fevereiro de 2011, quando tinha apenas 4 anos de idade.
Quando os médicos disseram que a criança tinha uma probabilidade de sobrevivência de apenas 20%, os pais da menina, Patty e Joe, ficaram devastados.
Nos 6 anos que se seguiram, Abby teve de lutar contra a doença e suportar os agressivos tratamentos, enquanto a família a confortava.
“Não havia nada mais que pudéssemos fazer, a não ser dar-lhe carinho. Cercámos a nossa filha de amor, porque sabíamos que a qualquer momento podíamos perdê-la”, disse Patty.

Abby foi diagnosticada com leucemia linfoblástica aguda positiva para cromossoma Filadélfia. – Fonte: DR
“Houve momentos em que achámos que não a íamos ver mais. Foi um processo com muitas complicações…”.
A família esteve sempre ao lado de Abby, que passou por uma série de tratamentos, incluindo quimioterapia e radioterapia.
De repente, no outono de 2013, parecia que o pesadelo tinha chegado ao fim; Abby voltou à escola, brincou livremente com os amigos. No entanto, os bons momentos duraram pouco tempo e, em setembro de 2014, o cancro recidivou.
“A Abby ficou completamente imóvel, qualquer movimento que ela fazia magoava-a”, recorda Patty.
Em janeiro de 2015, Abby foi submetida a um transplante de medula óssea mas, um mês depois, os médicos descobriram que a menina havia desenvolvido uma doença na qual a medula doada estava a atacar o seu corpo e, depois de um ano, os seus rins começaram a falhar.

“Ainda tenho muito para viver”, disse Abby aos seus pais. – Fonte: DR
Abby foi colocada nos cuidados intensivos e os pais foram informados de que a menina não sobreviveria sem diálise.
“Ela estava muito, muito doente. O corpo não reagia e os órgãos não estavam a funcionar corretamente. Cada intervenção a que ela era submetida apenas piorava a situação”, contou Jacob Wessler, o médico que seguia Abby.
“Os médicos disseram-nos que tinha chegado a hora de a deixar partir. A minha filha não aguentava mais do que uma hora acordada. Não havia nada mais que os médicos pudessem fazer por ela. Foi aí que nós começámos a preparar para nos despedirmos dela”, conta, emocionada, Patty.
Em junho de 2016, e sob cuidados paliativos, Abby regressou a casa, onde os seus familiares e amigos se reuniram para passar os últimos dias com a menina.
No entanto, sem que nada o fizesse prever, Abby começou a recuperar.
“Nós não podíamos acreditar. De repente a nossa filha começou a falar, a reagir, a andar…Foi um milagre, não há outra forma de descrever o que aconteceu”.
“Nunca mais me irei esquecer quando, certo dia, a Abby nos disse que tinha muito para viver ainda”.

O caso da menina foi considerado “um milagre”. – Fonte: DR
Hoje, Abby está em remissão.
Embora o futuro ainda seja incerto, a família permanece positiva e valoriza cada minuto.
“A vontade de viver da Abby é inspiradora. Ela é ainda mais forte do que nós. Tem altos e baixos, como todas as crianças nesta situação, mas não desiste”, confidencia o médico Jacob Wessler.
“Ela desafiou todas as probabilidades. Não existe uma explicação para o que aconteceu. Apenas podemos atribuir isso à vontade de viver desta guerreira”, continuou.
Fonte: The Pooch Times