Samantha Donovan tinha 4 anos quando, em 2014, foi diagnosticada com uma forma rara de cancro da medula óssea, conhecido como linfoma de Burkitt.
“Qualquer família que tenha enfrentado um diagnóstico de cancro infantil sabe como o caminho pode ser difícil. Temos que por mãos à obra e manter a família unida, porque tudo o resto desaba à nossa volta”, conta Tyler, o pai de Samantha.
Sem apoios ou recursos financeiros, a família de Samantha teve de fazer de tudo para conseguir acompanhar a jovem durante os seus tratamentos.
“Fizemos o que era necessário. Mudámos toda a nossa vida, pedimos ajuda, e conseguimos manter-nos unidos. Não havia outra forma. Naquela altura, a Samantha precisava de nós e nós tínhamos de estar com ela a cada instante”, relembra Allison, a mãe da menina.
Tanto Allison como Tyler estavam desempregados na altura do diagnóstico, pelo que não tiveram outra opção senão apelar à solidariedade daqueles que os rodeavam.
A ajuda chegou através da Cops for Cancer, um grupo composto por policias canadianos dedicados a ajudar famílias afetadas pelo cancro infantil.
“O apoio deles permitiu que eu e o meu marido estivéssemos sempre ao lado da Samantha. Nós tivemos de sair da nossa casa, porque o único hospital dedicado à oncologia pediátrica ficava muito longe.”
“Conseguimos alojamento na Casa Ronald McDonald e foi lá que permanecemos enquanto a Samantha era submetida a vários tratamentos”.
No total, Samantha esteve 13 meses internada; a menina foi submetida a um transplante de medula óssea em 2015.
Tudo parecia correr bem, mas, em 2016, a menina sofreu uma recidiva.
Samantha faleceu 7 semanas depois, com apenas 6 anos.
“Foi, e é, a maior dor das nossas vidas. A minha filha era uma menina cheia de vida, que iluminava qualquer divisão em que entrasse. Os médicos adoravam-na e diziam-me muitas vezes que a Samantha era uma verdadeira guerreira”.
“Quando a Samantha morreu, a dor foi inexplicável. Eu fiquei arrasada e o meu marido teve que aprender a viver outra vez”, conta Allison, em lágrimas.
Hoje, o casal tenta refazer a sua vida “degrau a degrau”.
“Temos mais duas filhas, e é nelas que nos apoiamos. Nelas e na memória da Samantha, que nos dá força para todos os dias continuarmos a lutar”.
Fonte: Agassiz-Harrison Observer