Cuidados paliativos passam a estar disponíveis também para doentes graves

A Comissão Nacional de Cuidados Paliativos (CNCP) prepara-se para dar um novo rumo à área de Cuidados Paliativos do Serviço Nacional de Saúde (SNS) e pretende alargar em breve este serviço aos doentes que recebem o diagnóstico de uma doença grave, ameaçadora da vida, acompanhando posteriormente as consultas e os tratamentos. 
Através desta medida, os cuidados paliativos deixarão assim de estar apenas disponíveis para doentes em fase terminal, decisão que, no entender de Edna Gonçalves, diretora do serviço de Cuidados Paliativos do Centro Hospitalar S. João e agora coordenadora da CNCP, é muito positivo, pois “está demonstrado cientificamente que quando os cuidados paliativos acompanham o doente no diagnóstico e nos tratamentos, a sua qualidade e quantidade de vida melhoram”.
Para fazer cumprir com os objetivos e alargar os cuidados a um maior número de doentes, a especialista explica que é necessária muita formação ao nível básico e especializado, não só dirigida aos profissionais de saúde, mas também aos estudantes, o que implica uma grande articulação com as faculdades de Medicina e escolas de enfermagem. 
A partir de 2017, as faculdades de Lisboa e do Algarve vão passar a contemplar cuidados paliativos na formação dos médicos, com a criação de disciplinas ou estágios obrigatórios, e, ao nível da especialidade, será criada uma área que pretende equiparar os paliativos a uma especialização médica (como a Pediatria) e de enfermagem. 
A Comissão defende, de igual modo, que, até 2018, todos os hospitais-universitários venham a criar serviços de cuidados paliativos de referência com todas as valências. 

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