Cuidadores também sofrem de burnout

Manuel Luís Capelas, presidente da Associação Portuguesa de Cuidados Paliativos (APCP), considera que a sobrecarga dos cuidadores informais de doentes “é equivalente” ao burnout dos médicos e enfermeiros.
O responsável defende que os cuidadores não podem substituir os profissionais de saúde e lembra que “é preciso ter atenção ao impacto que isto gera nas famílias”.
O presidente da APCP é “um dos grandes defensores” do cuidado dos doentes em casa, mas sublinha que, para tal, terão de estar reunidas as “condições adequadas” e equiparou a sobrecarga dos cuidadores à síndrome de burnout dos profissionais de saúde, uma reação ao stress crónico no trabalho caracterizado por exaustão, despersonalização e não realização profissional.
Manuel Luís Capelas defende “um apoio permanente” dirigido aos cuidadores, bem como formação, capacitação e apoio psicossocial para tratar do doente, a fim de evitar que atinjam “um ponto de rutura” e de desespero total.
Para o especialista, as equipas médicas que tratam do doente devem ter capacidade para identificar as necessidades dos cuidadores, a fim de definir uma estratégia que permita aliviar a sua sobrecarga.
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