A experiência de ver um irmão sofrer com cancro obriga, muitas vezes, os irmãos a crescerem prematuramente, como resultado da experiência, e a enfrentarem as mudanças que surgem no seio familiar com maior sentido de maturidade, revendo as suas prioridades.
As conclusões surgiram de uma pesquisa elaborada no Hospital Infantil Nationwide, nos Estados Unidos, com base em entrevistas a crianças e pais de 40 famílias que tinham perdido um filho com cancro. Pais e irmãos foram questionados sobre o modo como a morte de uma das crianças tinha afectado a forma do irmão encarar a vida e as suas relações sociais com outras crianças.
Maturidade, compaixão e mudanças nas prioridades de vida foram as alterações mais enunciadas pelas próprias crianças como resultado da sua perda, em muitos casos motivadas pela própria força interior transmitida pelo falecido irmão ou irmã.
A percepção dos pais foi diferente em muitos casos, dado que muitos progenitores indicam sentimentos de tristeza, refúgio e solidão nos seus filhos sobreviventes, conclusões que sugerem que o acompanhamento na gestão do luto deve garantir não só a comunicação directa com os pais, mas também com os irmãos.
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