Pesquisadores da Universidade da Califórnia e da Universidade de Los Angeles, nos Estados Unidos, testaram os efeitos da exposição a toxinas alimentares em crianças e adultos, através da identificação de alimentos com elevados níveis de compostos tóxicos.
O estudo concluiu que as crianças, sobretudo em idade pré-escolar, apresentam um risco mais elevado de exposição ao arsénio, Dieldrin, DDE (DDT um metabólito), dioxinas e acrilamida, compostos que têm sido relacionados com o cancro e outras condições.
Os investigadores avaliaram o risco, comparando o consumo da toxina para os padrões de referência estabelecidos e o risco de cancro e de problemas de saúde não-oncológicos. Do total de 364 crianças do estudo, 207 em idade pré-escolar, entre 2 e 7 anos, e 157 crianças em idade escolar, entre 5 e 7 anos, excederam os níveis máximos de risco de cancro para o arsénio, dieldrin, DDE e dioxinas.
A exposição a pesticidas foi particularmente elevada em alimentos como tomates, pêssegos, maçãs, uvas, pimentão, alface, bróculos, morangos, espinafres, leite, pêras, feijão verde e aipo.
“Estamos focados nas crianças, porque a exposição precoce pode ter efeitos a longo prazo sobre a evolução das doenças”, disse o principal autor do estudo, que alerta que “os resultados demonstram a necessidade de evitar a exposição de crianças pequenas a múltiplas toxinas, para reduzir o risco de cancro.”
“Precisamos de ter um cuidado especial com as crianças, porque elas tendem a ser mais vulneráveis a muitos destes produtos químicos”, lembram os autores. O estudo foi publicado na revista Environmental Health.
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